terça-feira, 11 de junho de 2013

Leão de Ouro para Tino Seghal

Tino Seghal ganhou o Leão de Ouro da Bienal de Veneza, que é como um Óscar (ou será mais um Nóbel?) do mundo da arte contemporânea. Os artistas que o recebem vêem as suas carreiras disparar e atingem um estatuto de estrelas que muitas vezes passa para o mainstream. Vencedores anteriores incluem Marina Abramovic e Jasper Johns.

Tino Seghal com o Leão de Ouro
A primeira vez que entrei em contacto com este artista foi quando entrei sem saber na sua peça "This Progress". Estava no Guggenheim de Nova Iorque, em 2010, e à medida que ia subindo a característica rampa do edifício, atores cada vez mais velhos iam-me acompanhando e fazendo perguntas de complexidade crescente. Foi diferente de tudo aquilo que conhecia na altura... Mais do que as perguntas da performance, observar os visitantes a participarem nela fez-me sentir que todos ali estávamos envolvidos com o museu e as peças, mais do que numa visita normal.

As suas obras atravessam constantemente as linhas entre a dança, o teatro e as artes visuais, mas para Seghal é óbvio que o seu lugar é no museu.

Na Bienal, Seghal apresentou uma performance com 3 pessoas a ajoelharem-se e a fazerem algo parecido com cantar e dançar ao mesmo tempo. Diz que o seu trabalho oferece um contraste com a postura omnipotente que o Homem pensava ter no séc.XX, e valoriza a efemeridade das suas obras, impossíveis de capturar e reproduzir totalmente, por serem ao vivo.

Este ano é também um dos preferidos ao prestigiado Turner Prize, pelas suas peças na Documenta 2012 e no Turbine Hall do Tate Modern.


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