quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Nepenthe, de Julianna Barwick



Descobri a Julianna Barwick há muito pouco tempo, ao folhear a edição de Agosto da Wire. A forma como descreveram a sua música, a propósito do novo álbum, Nepenthe, captou-me a atenção e fui ouvir o seu anterior, o segundo longa-duração Magic Place.

Julianna Barwich foi criada numa pequena cidade americana, e é filha de um pastor. Conviveu desde cedo com órgãos e coros de igreja, onde aprendeu a cantar.

A sua música é algo incomum, que não se encontra muito, mas ainda assim provoca um sentimento de familiaridade…Odeio esta palavra, mas não consigo evitar dizer que é um bocado cinematográfica. Podia ser uma banda sonora de um filme, que incluísse paisagens de montanhas ou algo assim. Na faixa “Pyrrhic” sente-se isto mais do que nunca.

Julianna usa maioritariamente a voz, nos seus álbuns. Mas mais do que uma boa cantora ela tem uma excelente noção de design sonoro.  Cria paisagens sonoras peculiares mas muito belas.

Magic Place tem talvez um som menos claro, sentimo-la menos próxima do que neste Nepenthe, que inclui faixas como “One Half” em que a cantora se aproxima com uma voz mais clara e lúcida, com menos reverb.



Sem dúvida uma boa descoberta ealguém a manter debaixo de olho. Alguém que lhe peça para fazer uma banda sonora!

Deixo aqui uma boa performance no Guggenheim, onde se vê o seu uso da loopstation: 


Sem comentários:

Enviar um comentário