Não pode possivelmente haver palavras para descrever a
beleza do prelúdio de Tristão e Isolda, de Wagner. Aliás, tenho sido da opinião
que descrever a beleza de algo cuja beleza reside precisamente em algo que não
é verbal, mas visual ou auditivo, é um exercício algo supérfluo.
Mas ainda que supérfluo, este bocado de música é tão
inacreditável que me apeteceu escrever sobre ele.
Já o conhecia antes, mas reouvi-o agora no filme Melancholia, do Lars Von Trier. O filme
em si merecia outra dissertação…incrivelmente belo, também.
É uma peça triste, como costumam ser as coisas mais bonitas.
Tem o esplendor romântico típico deste período, do qual Wagner se tornou um
marco caracterizante: os crescendos dos metais criam tensão, as cordas fluem
entre clímaxes e repousos, os inevitáveis momentos de triunfo são muitas vezes mais
negros do que se espera.
Escusado será dizer que a qualidade desta gravação não fará
juz à obra, mas aqui deixo a introdução do Melancholia com a obra de Wagner, do
YouTube. Beleza auditiva e visual. Vejam quando tiverem tempo para ver com
calma, se alguma vez isso acontecer na internet…
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