domingo, 31 de março de 2013

Prelúdio de Tristão e Isolda de Wagner


Não pode possivelmente haver palavras para descrever a beleza do prelúdio de Tristão e Isolda, de Wagner. Aliás, tenho sido da opinião que descrever a beleza de algo cuja beleza reside precisamente em algo que não é verbal, mas visual ou auditivo, é um exercício algo supérfluo.

Mas ainda que supérfluo, este bocado de música é tão inacreditável que me apeteceu escrever sobre ele.
Já o conhecia antes, mas reouvi-o agora no filme Melancholia, do Lars Von Trier. O filme em si merecia outra dissertação…incrivelmente belo, também.

É uma peça triste, como costumam ser as coisas mais bonitas. Tem o esplendor romântico típico deste período, do qual Wagner se tornou um marco caracterizante: os crescendos dos metais criam tensão, as cordas fluem entre clímaxes e repousos, os inevitáveis momentos de triunfo são muitas vezes mais negros do que se espera.

Escusado será dizer que a qualidade desta gravação não fará juz à obra, mas aqui deixo a introdução do Melancholia com a obra de Wagner, do YouTube. Beleza auditiva e visual. Vejam quando tiverem tempo para ver com calma, se alguma vez isso acontecer na internet…

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