O
Jay-Z tem um álbum novo, o Magna Carta. Não sou de todo um expert em Hip-Hop,
mas não me parece nada de extraordinário. Prefiro o Yeezus do Kanye West – as
vozes captam mais atenção e a parte instrumental, quase completamente
eletrónica no álbum do Kanye, soa-me melhor. É um álbum mais agressivo, no
geral. Mas ainda assim Magna Carta também vale a pena.
O
primeiro single vai ser o “Picasso Baby” e, talvez num esforço promocional,
talvez num projeto spin-off do álbum,
o Jay-Z fez uma das coisas mais bizarras que se passaram no mundo da arte recentemente
– uma performance em que cantou a música durante seis horas na Pace Gallery, em
Nova Iorque. O intuito era ser tudo filmado para o vídeo do single.
Segundo
o rapper a performance foi inspirada na “The Artist is Present”, a já famosíssima peça da Marina Abramovic, a mais famosa artista de performance. A própria Marina esteve
presente no evento do Jay-Z, e até há uns vídeos dos dois durante o
evento.
As opiniões são díspares. Uns acham piada, outros rejeitam por completo
considerar a peça arte. A meu ver isto parece um bocado ser uma tentativa de
não deixar o rap, considerado baixa cultura, entrar no mundo elitista da arte.
Mas quem é que quer saber disso? O mundo da arte, especialmente em Nova Iorque,
alimenta-se cada vez mais das outras indústrias criativas e vice-versa. Talvez
não tenha sido performance art pura, mas foi mais uma ligação entre o mundo da
arte e a cultura mainstream, o que não é necessariamente mau.
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