sábado, 13 de julho de 2013

Picasso Baby

O Jay-Z tem um álbum novo, o Magna Carta. Não sou de todo um expert em Hip-Hop, mas não me parece nada de extraordinário. Prefiro o Yeezus do Kanye West – as vozes captam mais atenção e a parte instrumental, quase completamente eletrónica no álbum do Kanye, soa-me melhor. É um álbum mais agressivo, no geral. Mas ainda assim Magna Carta também vale a pena.

O primeiro single vai ser o “Picasso Baby” e, talvez num esforço promocional, talvez num projeto spin-off do álbum, o Jay-Z fez uma das coisas mais bizarras que se passaram no mundo da arte recentemente – uma performance em que cantou a música durante seis horas na Pace Gallery, em Nova Iorque. O intuito era ser tudo filmado para o vídeo do single.

Segundo o rapper a performance foi inspirada na “The Artist is Present”, a já famosíssima peça da Marina Abramovic, a mais famosa artista de performance. A própria Marina esteve presente no evento do Jay-Z, e até há uns vídeos dos dois durante o evento.

As opiniões são díspares. Uns acham piada, outros rejeitam por completo considerar a peça arte. A meu ver isto parece um bocado ser uma tentativa de não deixar o rap, considerado baixa cultura, entrar no mundo elitista da arte. Mas quem é que quer saber disso? O mundo da arte, especialmente em Nova Iorque, alimenta-se cada vez mais das outras indústrias criativas e vice-versa. Talvez não tenha sido performance art pura, mas foi mais uma ligação entre o mundo da arte e a cultura mainstream, o que não é necessariamente mau.

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