Mas não me arrependi. Quando o comecei a ler precisava mesmo
de algo leve, para me distrair dos stresses da faculdade e da vida em geral. ‘Freedom’
é inteligentemente escrito sem deixar de ser um livro que não faz pensar muito.
As páginas já não me passavam assim tão rápido desde os livros que lia em
miúdo.
É muito honesto, verdadeiro, uma qualidade que o torna
excecionalmente atraente. É honesta a forma como fala de depressões, das
pancadas que cada pessoa acha que lhe são únicas mas que na verdade toda a
gente tem de uma forma ou de outra, do quão difícil e dolorosa a vida pode ser
mesmo quando não há razão aparente para isso. E enquanto leitores é inevitável
identificarmo-nos com uma ou outra coisa, o que nos obriga a ligarmo-nos ao
romance rapidamente. No fundo todos os romances tratam de uma forma ou de outra
de emoções, e este fá-lo bem e nunca exageradamente.
Por vezes não é clara a razão pela qual certas passagens
surgem um bocado descontextualizadamente. Mas acabam por encaixar na narrativa.
Também há personagens que são pouco desenvolvidas, ou que o são só em alturas
em que talvez fossem convenientes para o desenrolar da história, e isso nota-se
um bocado. Mas talvez faça parte do estilo do autor? Não que eu perceba alguma
coisa de literatura…
Acaba tudo bem, facto com o qual se pode argumentar que o
romance perde um bocado da ‘personalidade’ que sempre exibe, uma atitude de ‘a
vida é merdosa – lidem com isso’. Mas também é verdade que o leitor fica ‘satisfeito’
por tudo ter tido a sua devida conclusão. E isso provavelmente vale a pena.
Também li o ano passado, e não disse a toda a gente no meu blog!! :P
ResponderEliminarBora tomar um copo? Tem de ser esta semana!
Abraço
Bernardo
Acabaste de o dizer no meu!
EliminarBora!